Os Lençóis Maranhenses sempre estiveram em nossos planos de viagem. Ver de perto esse fenômeno único da natureza já seria, por si só, uma experiência singular. Mas cruzar o maior campo de dunas da América do Sul, de ponta a ponta, é algo que jamais imaginávamos ser possível fazer.
Nossa curiosidade nos levou até o Maranhão — na verdade, até Atins, um vilarejo de pescadores e ponto de partida do trekking.
A travessia começa de verdade depois de cruzarmos a foz do Rio Negro. O momento nos traz um misto de euforia e adrenalina pelo desafio que está prestes a começar. No primeiro dia, andamos quase 13 quilômetros em cerca de quatro horas. No meio do caminho, uma pausa para apreciar o pôr do sol nas dunas. Descansamos as pernas e renovamos o fôlego quando chegamos à remota comunidade de Patacas. O feito do primeiro dia reanima também nosso espírito desbravador para seguirmos em frente.
O primeiro dia da caminhada pelo Parque Nacional dos Lençóis foi coroado pela “dança” das areias, um fenômeno espetacular causado pelos ventos.
Dia de travessia pelo cenário mais icônico do Parque, as lagoas emendadas. A paisagem se transforma conforme a posição do sol.
No segundo dia, percorremos mais 12 quilômetros até nosso destino final. Apesar do cansaço, a resiliência e o desejo de superação falam mais alto. E enxergar tanta beleza e mudança de cores na paisagem é, sem dúvida, a maior motivação no trajeto.
Quando pisamos nos Lençóis Maranhenses, nossos olhos testemunham o verdadeiro significado de imensidão.
São três horas e meia de caminhada até avistarmos, no alto das dunas, o carro que nos levará até a OIÁ Casa Lençóis. Comemoramos a conquista, já com saudades dessa jornada de conexão que vivemos.

























