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Com uma combinação irresistível de montanhas nevadas, enormes áreas esquiáveis e a sofisticação da art de vivre à la française, é difícil superar a França quando o assunto é esqui, esse meio de transporte sobre a neve – originário da Escandinávia ou das regiões montanhosas da Ásia Central, não se sabe ao certo – que se popularizou como forma de lazer e esporte nos últimos 150 anos.

Se hoje existem maisde 250 estações de esqui nos Alpes franceses, é graças à Megève, a primeira estação de esqui do país, idealizada pela baronesa Noémie de Rothschild. Filha de uma família de banqueiros judeus, os Péreire, e casada com o herdeiro de uma família ainda mais rica de banqueiros judeus, os Rothschild, a parisiense Noémie era frequentadora da estação suíça de St. Moritz. Mas, logo após a Primeira Guerra Mundial, sem querer mais socializar com alemães bebendo champagne (França e Alemanha são inimigas desde a Guerra Franco Germânica, na década de1870), ela decide construir em território francês uma estação de esqui que rivalizasse com St. Moritz. Nas proximidades e com vista para o Mont-Blanc, a baronesa compra hectares e mais hectares de pastagens no Mont d’Arbois, uma das montanhas que circundam Megève. Seu primeiro hotel, aberto em 1921, teve como hóspede inaugural o rei da Bélgica, Alberto I.

E, assim, Megève entraria no circuito mundial de nobres, ricos e famosos.

Vista do vilarejo iStock/anshar73

A SIMPLICIDADE RURAL E O GAMOUR DE UMA ESTAÇÃO MÍTICA

Antes da chegada da baronne Rothschild a Megève, a região era apenas um vilarejo rodeado por vastas pastagens para onde os camponeses levavam o gado para se alimentar e para quem a neve nunca era bem-vinda. E o que mais atrai hoje nesta que é uma das estações míticas do mundo é que, apesar dos muitos hotéis de alto padrão, dos restaurantes estrelados, das lojas de grandes marcas ao lado das igrejinhas no centrinho cortado por rios onde o tráfico de carros é proibido, esse passado rural segue vivo.

Nas feiras de sexta-feira, no estacionamento do Palais, e nas de domingo, na praça da igreja, é possível conhecer mais de 50 pequenos produtores megèvans que vendem suas iguarias para residentes e chefs que podem desenvolver uma gastronomia local, autêntica da montanha. Em razão dessa herança, muitos hotéis e restaurantes de Megève têm no nome a palavra “ferme”, “fazenda”em francês.

Four Seasons Hotel Megève Richard Waite Photography

E é essa a grande diferença entre as estações que os franceses chamam de première génération, construídas ao redor de um vilarejo preexistente, em pastagens alpinas de 900 metros a 1,2 mil metros de altitude – como Megève e Chamonix –, e as construídas a partir do nada no pós-Segunda Guerra, como Courchevel e Alped’Huez, parte do projeto do Estado francês para estimular o turismo doméstico de inverno, essas consideradas de “segunda geração”, geralmente em altitudes mais altas, entre 1,6 mil e 1,8 mil metros de altitude. Megève tem escolas, cinemas, livrarias, cemitérios,chefs nascidos ali; tem vida o ano inteiro e não só durante a temporada de esqui, quando brilham seus 450 quilômetros de pistas para todos os níveis de esquiadores em quatro maciços montanhosos distintos.

Na Megève trendsetter come-se muito bem

Megève foi precursora em muitas coisas. A casa de montanha para os “veranistas” de inverno adaptada para a prática de esqui foi uma encomenda pessoal de Noémie ao jovem arquiteto Henry Jacques Le Même; os mais cem chalets du skieurs assinados por ele só em Megève (infelizmente, todos eles propriedades particulares, sem chances de visita) se tornariam um modelo para outros vilarejos de montanha. A calça fuseau – aquela calça justa com uma tira para prender os pés, horror dos anos 1980 – foi inventada em Megève, em 1930, por Armand Allard, para atender às necessidades do campeão de esqui Emile Allais. A loja de Armand, a AAllard, que vende belas roupas, existe até hoje na pracinha da igreja. Foi também em Megève que nasceu o conceito de après-ski com muita festa.

Prato do restaurante La Dame de Pic, da chef mais estrelada do mundo, Anne-Sophie Pic Four Seasons Megève

Mas, se ao longo das décadas Megève foi ficando mais tranquila, abertura do restaurante para-ver-e-ser-visto La Ferme Saint-Amour, em2019 (hoje com uma filial em Courchevel), marcou uma mudança nesse cenário. Atualmente, são vários os restaurantes animados: os restôs-clubs Verde e Tigrr; o Le Café, importado de Saint-Tropez, na versão montanha, com ambiente elegante e música ao vivo; e o Cosa Papa, que apresenta a combinação pizza napoletana e boliche. No quesito restaurantes contemporâneos que usam ingredientes locais, orgânicos e sustentáveis, Megève tampouco decepciona. Amei o Rural, à beira da pista Cote 2000 (mas também acessível de carro), cujo cardápio tem ingredientes esquecidos da montanha e queijos feitos por diferentes membros da família do chef Marc Veyrat, e também o La Ferme de Mon Père, restaurante jovem e criativo situado no elegante hotel Chalet Zannier.

E, aí, vem a categoria dos gastronômicos, muito bem representada pelo triestrelado Flocons de Sel (restaurante que também é um hotel cinco-estrelas), onde a técnica e os ingredientes brilham à altura da qualidade de sua adega. Só não deixe de tomar um “chocolate da tarde” no Grand Hôtel Soleil d’Or. Em um salão agradável, a “Mamie Chocolat” prepara ali mesmo um chocolate quente delicioso – feito com leite de amêndoas e barras de cacau de Jean-Paul Hevin, comme il faut –, acompanhado de uma fatia do gateau de Savoie, o bolo da região.

Uma cena comum no vilarejo quando a neve chega Four Seasons Megève

TERESA PEREZ INDICA

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Onde Ficar

Four Seasons Hotel Megève

O projeto do Four Seasons Hotel Megève levou oito anos para ser concluído, mas o empreendimento atingiu o objetivo com serviço impecável e design elegante, ressaltado pelas obras de arte contemporânea. Com acesso ski-in/ski-out e instalado na charmosa região dos Alpes Franceses, ele reúne as melhores experiências em aventura e relaxamento. Com o perfil de um chalé alpino moderno, o hotel oferece concierge de esqui e proporciona passeios de snowboard e de trenó; em temperaturas mais elevadas, promove a prática de golfe, além de trilhas de cross-country.

Les Fermes de Marie

Considerado um dos mais charmosos hotéis de Megève, o Les Fermes de Marie está localizado próximo ao centro, com 69 espaçosos apartamentos e oito suítes, todos inspirados em estilo alpino. O hotel é muito conhecido por seu spa, que conta com dezenas de tratamentos, fitness centre com piscina aquecida interna, sauna e jacuzzi.

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