Nascida de uma antiga vila de mineradores e transformada em símbolo do inverno americano, a cidade de Aspen, aninhada nos picos das Montanhas Rochosas do Colorado, é hoje um dos destinos mais completos e desejados do mundo para quem busca belos cenários alpinos, pistas lendárias de esqui, luxo e beleza em altitude.

A próxima temporada de neve, em novembro, chegará com mudanças visíveis nas pistas, nas mesas e nos bastidores: novos restaurantes e hotéis, festas nas alturas, exposições e até uma renovação completa dos teleféricos.

O complexo Aspen Snowmass é formado por quatro montanhas: Aspen Mountain, Snowmass, Aspen Highlands e Buttermilk, cada uma com características e públicos distintos. A Aspen Mountain (ou Ajax) impressiona pela localização central e pelas descidas técnicas; a Snowmass, por sua vez, é a maior do grupo, com pistas amplas, áreas para iniciantes e uma nova geração de lifts a partir desta temporada.

A Aspen Highlands é o território dos esquiadores mais experientes, com seu icônico Highland Bowl e vistas de tirar o fôlego. Já a Buttermilk, mais tranquila e lúdica, é perfeita para famílias e sedia há 25 anos consecutivos os X Games — um dos grandes marcos esportivos da cidade, que acontecerá entre os dias 23 e 25 de janeiro de 2026.

Aspen, sempre fiel ao seu espírito, segue evoluindo com a elegância de sempre. E se o horizonte de picos nevados já impressiona, a hotelaria acompanha com luxo, conforto e personalidade. A novidade é que o The Snow Lodge deixou de ser apenas um pop-up para se tornar parte fixa do The St. Regis Aspen. Além disso, lançou a Snow Lodge Suite, um “hotel dentro do hotel”, com bar privativo, obras de arte de Basquiat e Alex Katz e atmosfera de galeria habitável.

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Outra novidade é o recém-inaugurado Mollie Aspen, uma opção contemporânea e charmosa, com apenas 68 quartos. Já em Snowmass (queridinha dos brasileiros, diga-se de passagem), ideal para famílias e iniciantes, o Limelight Hotel segue moderno, funcional e com áreas para famílias, parede de escalada, pista de patinação em frente à recepção e lounges animados.

A cada inverno, Aspen recebe não só a neve como também sabores que desafiam qualquer noção de “cozinha de montanha”. A cena gastronômica da cidade parece seguir um ritmo próprio — criativo, cosmopolita, inesperado.

O Bosq, único estrelado pelo Michelin por ali, é o tipo de lugar que o cliente até faz silêncio à mesa: o chef Barclay Dodge trata ingredientes locais com gestos quase cerimoniais. Já o Yuki, novo projeto de Nobu Matsuhisa, brinca com o eixo Tóquio-Lima: tem sushi, sim, mas também tem molhos que fazem o peixe dançar. O Wayan, com sotaque franco-indonésio, apresenta combinações instigantes como escargot ao rendang ou cordeiro no satay. E quando o desejo aponta para o sul da Europa, o Duemani responde com mariscos e vinhos à beira do fogo — sem pressa, sem pretensão.

À medida que o sol se despede, o après-ski entra em cena. O Eleven212, recém-aberto no topo da Aspen Mountain, é a novidade mais comentada e se tornou referência com seus DJs, cabines privativas e clima de festa nas alturas. O tradicional Cloud Nine Alpine Bistro, em Aspen Highlands, segue animando as quintas-feiras com DJs e uma vista espetacular, e ainda oferece jantares privativos sob reserva, com subida de snowcat.

No centro, o The Snow Lodge virou ponto obrigatório: o pátio recebe shows ao vivo de nomes como Diplo e Black Coffee, já o lounge interno aposta em coquetéis, arte e ambientação vibrante. Frequentado por personalidades como Katy Perry e Shawn Mendes, tornou-se ponto de encontro cool para quem quer viver Aspen além das pistas.

Entre uma descida e outra, vale reservar um tempo para a arte. O Aspen Art Museum propõe exposições contemporâneas com vista para as montanhas — tão perfeitas que parecem geradas por IA. Luxo à parte, é o equilíbrio entre natureza e vibração que faz de Aspen mais do que um destino de inverno. É um lugar que entende de tempo — o tempo da neve, da festa, do descanso e da descoberta.