Tire os sapatos, faça uma saudação reclinando o seu corpo, sorria serenamente e viaje vivendo cada momento como se fosse o último. Afinal, “tudo na vida só acontece uma vez”, como diz o provérbio japonês “ichi-go ichi-e”.

1. Saborear a gastronomia premiada de Tóquio

Os mil neons coloridos de Shibuya e Shinjuku ou as 285 estações de metrô que atendem 40 milhões de habitantes não podem amedrontar quem desembarca nessa metrópole organizadamente movimentada. Com 194 restaurantes com estrela Michelin em 2024, a atual capital gastronômica do planeta convida a uma exploração orientada por seus sabores. Guie-se para provar distintas cozinhas: além dos clássicos sushis, sashimis e ramens, vale conhecer os “botecos” izakayas e restaurantes especializados nas carnes nobres wagyu, nos espetinhos sakitoris, nos empanados de carne tonkatsu etc. Alguns tem até robôs-garçons!

Sushi Shin by Miyakawa Mandarin Oriental Tokyo/Divulgação

2.⁠ ⁠Participar de cerimônias do chá em Kyoto

Em um ambiente tranquilo, onde o silêncio é presença solene, você se senta ajoelhado no tatame e passa a contemplar cada gesto da anfitriã. Nas tradicionais cerimônias do chá no Japão, o preparo do típico matchá costuma ser compartilhado como em uma meditação coletiva: o tempo da fervura da água, a cumbuca escolhida para cada convidado, a beleza dos docinhos que acompanham.

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Jo Malone
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Não por acaso, Kyoto tem os rituais de chá mais famosos do país. Melhor retrato do Japão tradicional, a antiga capital respira o “aqui-e-agora” nos seus jardins-zen, nos 1600 templos budistas e 400 santuários xintoístas.

Cerimônia do chá Istock

3. Pedalar entre obras de arte na ilha de Naoshima

De bike alugada é mais divertido, mas é possível descobrir a potente arte japonesa em obras ao ar livre e galerias espalhadas pela ilha de Naoshima também a pé ou pegando um ônibus circular. Afinal, nos minúsculos 8 quilômetros quadrados dessa ilhota plana, localizada a meio caminho entre Osaka e Hiroshima, estão em exposição trabalhos como a escultura Abóbora, de Yayoi Kusama, num píer à beira do mar azul, e a pintura Lírios de Água, de Claude Monet, no Museu de Arte Chichu. Similar ao Museu Inhotim brasileiro, Naoshima proporciona uma combinação leve, rara e prazerosa de arte contemporânea com passeios na natureza.

Naoshima iStock/zhuzhu

4.⁠ ⁠Aprender com a Hiroshima que transformou guerra em paz

Muitos turistas passam por Hiroshima e visitam apenas o Memorial pela Paz, museu duro, mas necessário para nos lembrar por que devemos lutar contra as guerras. Quem investe alguns dias nesta região linda de águas e montanhas, porém, descobre a doçura dos anfitriões que oferecem passeios como meditação em forma de “banhos de floresta”, remo entre as ilhas locais e hospedagem em ryokans tradicionais em vilas rurais como Yuki. “Em vez de vingança, preferimos investir nossa energia em militar pela paz”, define Mr. Shimtaro Fukuhara, o Shin-San, guia que oferece tours de bike onde, em 1945, caiu a bomba atômica.

Memorial da Paz em Hiroshima Stock/TommL

5. Descobrir a natureza e os banhos termais de Hokkaido

Com bosques, montanhas, praias, pantanais e glaciares, a natureza do Japão têm paisagens mais surpreendentes do que mostram os famosos cartões postais de cerejeiras em flor ou do Monte Fuji, mais famoso dos 111 vulcões ativos do país.

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Pouco conhecida dos viajantes, Hokkaido, a ilha mais a norte do arquipélago, é o destino favorito dos amantes do ski e de outros esportes de natureza de inverno ou de verão. Seus 20 vulcões ativos são os responsáveis pela ilha abrigar a maior quantidade de “onsens”, como são chamados os relaxantes banhos termais medicinais: existem nada menos que 251 onsens tradicionais em Hokkaido.

Águas termais em Hokkaido iStock/Fyletto

6. Pernoitar em um templo budista no Monte Koya

No alto das montanhas de Wakayama, a pacata vila de Monte Koya, ou Koyasan, abriga 117 templos do budismo esotérico que preservam cerca de 1200 anos de história. E 52 deles oferecem a experiência de “shokubo”, que significa hospedagem com os monges. Ali o hóspede dorme em um futon no tatame, se alimenta de pratos vegetarianos e acorda no amanhecer para meditar. Além de ser um centro espiritual buscado para retiros, o Monte Koya atrai peregrinos para seus templos e para o místico cemitério Okunoin. Vários caminhantes estão encerrando a peregrinação de Kumano Kodo, espécie de “Caminho de Compostela” local para quem busca momentos sublimes no país.

iStock

TERESA PEREZ INDICA

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Onde Ficar

Benesse House, Naoshima

Projetada por Tadao Ando, Benesse House é uma propriedade pautada no conceito de coexistência entre natureza, arquitetura e arte. Decorado com arte contemporânea, o hotel propõe uma experiência de inspiração e interação com a arte tanto no design arrojado de suas fachadas quanto no interior moderno e clean das acomodações.

Bulgari Hotel Tokyo, Tóquio

Ocupando os andares 40º até 45º de um arranha-céu ultramoderno, o Bulgari Hotel Tokyo enriquece a experiência de estar na capital japonesa. Além das suítes impecáveis, os hóspedes têm a seu dispor uma estrutura refinada para aproveitar alta gastronomia e momentos de relaxamento próximos à lareira e no lounge do hotel.

The Ritz-Carlton, Kyoto

Às margens do Rio Kamogawa, o hotel é considerado o primeiro resort urbano do Japão. A vista para as montanhas Higashiyama completa a experiência sensorial que se revela em um design sofisticado de interiores, combinando as antigas tradições japonesas à elegância contemporânea. Dentre as suítes do hotel, a Tsukimi reserva um jardim zen particular, iluminado pelas clássicas lanternas japonesas

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