As Ilhas Maurício se desdobram num êxtase cromático capaz de desvendar nuances profundas. Protegidas por recifes de corais, suas águas impressionam com a presença das criaturas mais gentis e monumentais dos mares.
O desfile das baleias-cachalote é um espetáculo que supera qualquer expectativa, e poucos destinos no mundo oferecem a possibilidade de vê-las durante o ano inteiro. Segui os ensinamentos de Dalai Lama e mergulhei numa aventura inédita. Só esse encontro ancestral já justificaria a viagem às Ilhas Maurício.
No entanto, o leque se abre. Próximo da costa sudoeste, um fenômeno ótico desafia a lógica. É a “cachoeira subaquática” de Le Morne. A ilusão causada pelo movimento da areia no fundo do oceano cria a falsa impressão de haver uma cascata fluindo para as profundezas.
Fica claro que o mar é um dos maiores encantos desse arquipélago cujo nome foi dado em homenagem ao príncipe Maurício de Nassau, pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, uma vez que foi ponto estratégico para o comércio marítimo entre a Europa e a Ásia.
Mas sua força transcende o mar, avança por terra e compactua com o blend cultural, numa história bordada com fios de influências africana, árabe, indiana, holandesa, britânica, francesa e chinesa.
Para sentir a alma desse país — que abriga pouco mais de 1 milhão de habitantes, em 58 quilômetros de extensão de norte a sul, e que ostenta o maior IDH da África — é preciso conhecer a capital, Port Louis, circular pelos vilarejos coloridos, viver a intensidade dos mercados, provar a gastronomia cheia de personalidade, experimentar o rum artesanal, sentir a energia dos tantos templos hindus — destaque para o Grand Bassin, onde acontece o festival hindu mais importante fora da Índia — e visitar a Terra das Sete Cores, em Chamarel, onde dunas de origem vulcânica criaram uma paisagem surreal.
Escolher uma praia paradisíaca para ficar hospedado e ter o privilégio de um hotel pé na areia são a certeza de uma experiência estarrecedora. Na icônica praia de Trou d’Eau Douce, o Shangri-La Le Touessrok reabriu recentemente as portas depois de uma grande renovação.
Um pouco abaixo, também do lado leste da ilha, é o Four Seasons Resort Mauritius at Anahita que encanta com belas villas plantadas numa península particular. E no fim do dia, quando o sol escorregar lentamente pelo horizonte, baterá forte a sensação de que por ali o tempo dança em outro compasso. Desacelerar é a senha para entrar no ritmo, deixar os barulhos da vida de lado e (praia e bar) Four Seasons Resort Mauritius at Anahita apreciar o presente.
TERESA PEREZ INDICA
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Four Seasons Resort Mauritius at Anahita
Aninhado em uma península particular, num reduto de quietude entre uma lagoa espetacular e muita vegetação tropical, o hotel afirma o conceito de exclusividade com 90 villas de um quarto, com piscinas privativas, a maioria delas pé na areia. Cada hóspede recebe uma bicicleta para circular pela imensa propriedade, para ir ao spa e a um dos sete restaurantes, que focam nas cozinhas asiática e italiana e na gastronomia local com toque sofisticado. É possível também aproveitar o campo de golfe de 18 buracos, na Ile aux Cerfs, desenhado pelo célebre jogador Ernie Els.

























