Você desembarca do avião em uma daquelas 127 ilhas isoladas no meio do Oceano Pacífico, resolve dar uma caminhada para conhecer o pequeno centro urbano à beira-mar e já leva um susto: o que fazem esses tantos lobos-marinhos deitados nos bancos da calçada?

Ao passear pelo mercado a céu aberto de frente para a marina, outra surpresa: pelicanos enormes estão à espreita para roubar alguns peixes das bancas de pescados. Galápagos é assim. A exuberante fauna local te rodeia o tempo todo, num eterno espetáculo.

Destaque na lista de destinos favoritos dos amantes da natureza, Galápagos tem apenas 3% do seu território habitado por humanos. São pouco mais de 30 mil pessoas espalhadas em apenas quatro das ilhas principais: Santa Cruz, San Cristóbal, Isabela e Floreana. Todos os 97% restantes concentram muitos, mas muitos bichos selvagens protegidos em áreas como o Parque Nacional e a Reserva Marinha. Mas, se logo ao desembarcar em Santa Cruz ou San Cristóbal, únicas cidades com aeroportos, o visitante já tropeça em lobos-marinhos e pelicanos, como será nas ilhas mais remotas?

Aves se alimentam nas águas que circundam as ilhas. Um show diário da vida selvagem Andrea D’Amato

A resposta já vem na manhã seguinte, quando os barcos partem desses povoados remotos mais estruturados e começam a navegação de exploração das ilhas no entorno. Inúmeros répteis, aves, anfíbios, peixes e mamíferos dos mais variados tamanhos e cores são focos de desejo de câmeras e binóculos dos forasteiros.

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Ainda que seja possível hospedar-se em bons hotéis em terra firme, o programa principal das viagens a Galápagos é estar embarcado para contemplar a fauna marinha e terrestre das ilhas. Verdadeiros safáris aquáticos acontecem em modernos navios de expedição. Algumas companhias, como a Silversea, entregam barcos com interiores sofisticados, lounge interativo e cozinha com inspirações equatorianas. A bordo, todas as refeições e experiências gastronômicas estão incluídas, há palestras sobre o destino antes de cada desembarque e serviço de mordomo em todas as categorias de cabines. Em terra, todas as expedições são acompanhadas por especialistas experientes.

TARTARUGAS E IGUANAS NA TERRA E NO MAR

Andrea D’Amato

Nenhum animal das ilhas, porém, deixa as pessoas mais boquiabertas do que as gigantes tartarugas-das-galápagos, que dão nome ao arquipélago. Com quase 2 metros de comprimento, elas urram ao copular, e chegam a somar mais de cem indivíduos em certas épocas do ano na Reserva Montemar, na Ilha de Santa Cruz. Igualmente impactantes, em terra firme, são as brigas entre iguanas-macho para conquistar parceiras.

Andrea D’Amato

Ainda que inofensivas, as iguanas marinhas, versões aquáticas desses pequenos dinossauros, podem causar sustos quando surgem na frente das máscaras durante os mergulhos com cilindro ou em simples flutuações. Entre quase 3 mil espécies de peixes, brilham golfinhos, tartarugas marinhas e tubarões de várias espécies – que nunca atacam os humanos, pois o que não falta para eles em Galápagos é comida bem melhor.

FARTURA DE VIDA ANIMAL

Diferentemente da experiência nos safáris clássicos em veículos 4×4 na África, as expedições aquáticas de Galápagos não requerem longas esperas em silêncio atrás de uma moita para poder ver um bicho caçar ou um casal de animais copular. O isolamento desse arquipélago localizado a distantes mil quilômetros do continente do Equador, país ao qual pertence, permitiu que raras espécies animais, inclusive pré-históricas, coexistissem ali em grande quantidade. É incrível constatar, em cada uma das caminhadas pelas ilhotas nas saídas do barco (em geral, uma pela manhã e outra à tarde), que aqueles animais fotogênicos não temem a presença humana.

Andrea D’Amato

Facilmente avistados em ilhas como Genovesa e Española, os belos atobás-de-patas-azuis fazem a alegria dos observadores de pássaros – que também se encantam com os atobás-de-patas-vermelhas, as fragatas e nada menos que 45 espécies endêmicas, que só existem em Galápagos. Quando há filhotes no ninho, não tem quem não se emocione.

Andrea D’Amato

Frequente na Ilha North Seymour, a fragata “tesourão” chama a atenção por exibir uma espécie de cachecol vermelho que infla quando quer seduzir as fêmeas. Em ilhas como Isabela, Fernandina e Bartolomé, é um barato acompanhar o andar divertido dos pinguins-das-galápagos, exclusivos dali e únicos pinguins que conseguem viver nos trópicos.

As contemplações emocionantes da vida animal selvagem como ela é, com paqueras, brigas e filhotes, costumam ser acompanhadas por divertidas histórias dos guias naturalistas.

Andrea D’Amato

Também foi assim, observando a bicharada de Galápagos ao navegar pelo arquipélago nos anos 1840, que o naturalista britânico Charles Darwin (1809–1882) desenvolveu ali a sua revolucionária teoria científica sobre a evolução das espécies. E é depois de admirar o curioso comportamento animal, os amanheceres, os entardeceres e as noites estreladas no meio do nada do Pacífico que os viajantes voltam felizes e cheios de histórias do arquipélago mais espetacular do planeta.

TERESA PEREZ INDICA

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Onde Ficar

Silversea

A experiência de embarcar para visitar destinos a bordo de uma navegação de expedição não se iguala a nenhuma outra. As modernas navegações têm características especiais, como um profundo espírito aventureiro, o que as tornam perfeitas para quem deseja unir cultura e momentos de desconexão, sem deixar de lado a responsabilidade ambiental. Além disso, proporcionam momentos únicos e vivências capazes de nos fazer sentir como verdadeiros desbravadores em alguns dos destinos mais remotos do planeta. Com clima intimista e acolhedor, a frota da Silversea é composta de navios menores, o que garante uma experiência personalizada a cada hóspede, com comodidade, conforto, elegância e cenários revelados a partir de perspectivas diferentes. Tudo pensado especialmente para abandonar a rotina e embarcar em uma jornada repleta de emoções e aventuras

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