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Em Tóquio, entre em um izakaya – os botecos típicos japoneses – e você vai reparar nos mais velhos tomando uma bebida transparente num copo de vidro ou de cerâmica. Sua cabeça certamente vai levá-lo ao saquê, o fermentado feito de arroz que, nos últimos anos, vem tomando de assalto as cartas de bebidas dos restaurantes mundo afora.

Voltando aoizakaya toquiota, suas chances de acerto são mínimas. É muito provável que o copinho contenha shochu (lê-se “xô-tchú”), um destilado local quase desconhecido fora do Japão, mas que é a bebida alcoólica típica mais consumida pelos japoneses.

Internacionalmente, porém, o número de interessados no shochu só aumenta. No disputado mercado etílico, ele é a bola da vez. Diferentemente do saquê, que costuma ser produzido em boa parte do Japão, o shochu tem sua fabricação concentrada majoritariamente no sudoeste do país, em especial em Kyushu. Por causa do clima, mais quente que no resto do Japão, 70% das 622 fábricas que produzem a bebida no país estão localizadas na ilha.

Japan Sake & Shochu Academy JSS Divulgação

Há 54 diferentes ingredientes na lista dos permitidos na produção do shochu. Essa diversidade é um diferencial no concorrido mercado japonês de bebidas alcoólicas.

Unsplash /Xtra inc
Principais ingredientes do shochu – cevada e batata-doce
JSS Divulgação
JSS Divulgação

NATUREZA E CRIATIVIDADE

Devido à proximidade com o continente asiático, a ilha de Kyushu foi a porta de acesso do Japão para o mundo por séculos. Foi por ali que chegaram alimentos como a cevada, a batata-doce, o trigo-sarraceno e a cana-de-açúcar. As terras férteis e a natureza diversa da ilha foram acolhendo esses novos produtos que, em diferentes momentos da história, acabaram caindo nos alambiques, como já fazia o arroz.

Hoje, há 54 diferentes ingredientes na listados permitidos para produção do shochu. Essa diversidade é um diferencial para a bebida no concorrido mercado do álcool. No Japão, as matérias-primas mais populares são a batata-doce, a cevada, o trigo-sarraceno, o arroz e o açúcar mascavo. Porém, até com a borra do saquê é possível fazer shochu de boa qualidade. Por ser destilada uma única vez, a bebida retém os aromas e sabores de seus ingredientes originais.Sendo assim, um shochu de trigo-sarraceno é bem diferente de um feito de arroz.

Há quem diga que o shochu é o mais bem guardado segredo dos japoneses, mas essa condição não deve durar muito tempo. Aos poucos, a bebida típica local mais amada do país vai ganhando fãs mundo afora.

Produção de shochu de cevada Carlos Kato/The Shochu Academy Brasil

Além disso, a destilação única traz como resultado uma bebida de teor alcoólico mais baixo quando comparada com outras da mesma categoria. Em média, o shochu contém 25% de álcool, enquanto a vodka costuma ter 40% e a cachaça, 43%. Com sabores mais leves e refrescantes, o destilado japonês acaba ganhando espaço à mesa, harmonizando bem com pratos de diversas gastronomias.

BATIZADO

O shochu pode ser bebido puro, mas os japoneses gostam da bebida diluída. As diversas formas de “batizado” do shochu são chamadas, em japonês, de wari. Desse modo, mizu-wari é o shochu cortado com água em temperatura ambiente (mizu). Quando a mistura é feita com água quente (yu), temos o yuwari. Já o shochu com água com gás é chamado de soda-wari. A proporção quase sempre é de 6 partes de shochu para 4 de água, mas a cláusula não é pétrea. O paladar de quem toma e o rótulo também influenciam.

Coquetel com shochu elaborado por Rogério Igarashi Vaz, do Bar Trench, em Tóquio JSS Divulgação

Outra forma popular de saborear o shochu é adicionando gelo. On the rocks, a bebida vai se modificando à medida que o gelo derrete, o que traz diversas possibilidades para a degustação. Atual responsável por aguçara curiosidade sobre o shochu em vários novos consumidores, a coquetelaria tem se aproveitado da diversidade do destilado.Bases neutras como a vodka costumam ser populares nas taças porque elas não têm muitos sabores além do álcool. Em outras palavras, são bebidas mais fáceis de manipular em uma receita de coquetel. O shochu é diferente. Como ele carrega os sabores de seus ingredientes, acaba se tornando desafiador para os bartenders. Por isso, o destilado japonês vem aparecendo cada vez mais em releituras de coquetéis clássicos e em drinques autorais

Há quem diga que o shochu é o mais bem guardado segredo dos japoneses, mas essa condição não deve durar muito tempo. Aos poucos, a bebida típica local mais amada doJapão vai ganhando fãs mundo afora.

Quem visita o país agora, tem a chance de sair na frente e provar a diversidade do destilado antes de todo mundo. Esses desbravadores certamente não vão se arrepender.

Ruela com restaurantes e izakayas em Shinjuku, Tóquio iStock/Aon168
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