A arte pode se estabelecer em qualquer espaço e não precisa ficar confinada a museus, galerias e centros de cultura tradicionais. Formas, limites estéticos e abordagens de estilo tampouco condicionam ou catalogam uma obra.
Principalmente na arte contemporânea, que muitas vezes desafia o senso comum, provocando e buscando novos sentidos e maneiras de interação com o público. O que importa é o conceito e a atitude de criação e transformação. Pelo mundo, diversos lugares se caracterizam como museus a céu aberto ao expor trabalhos de nomes importantes do movimento artístico contemporâneo em espaços pouco ou nada convencionais. O diálogo entre natureza e arte, entre interação e compreensão não para.
1. NAOSHIMA CONTEMPORARY ART MUSEUM WITH BENESSE HOUSE
Pense em uma ilha inteira dedicada à arte – Naoshima, projetada em 1992, deixa qualquer visitante boquiaberto. Um cenário rural do Japão, que divide espaço com esculturas, instalações e arquitetura moderna. O verdadeiro museu a céu aberto reúne um conjunto impressionante de obras de grandes artistas, como Jackson Pollock, Shinro Ohtake, Jean-Michel-Basquiat e Richard Long, além de jardins e o Projeto Casa de Arte, que resgatou edifícios abandonados e os ocupou com o melhor da arte contemporânea.
2. GIBBS FARM
Na região de Kaipara, cerca de uma hora ao norte de Auckland, a Gibbs Farm é uma fazenda transformada em parque de esculturas há 20 anos pelo empresário Alan Gibbs. Criadores contemporâneos como Anish Kapoor, Sol LeWitt, Graham Bennett, Peter Nicholls e Tony Oursler, entre outros, executaram obras em escalas monumentais respeitando a topografia e as características da fazenda, que ocupa um espaço equivalente a 560 campos de futebol. Expostas de forma permanente, 28 obras de 26 artistas retratam a liberdade de convergir ideias e criatividade sem preocupações com dimensões ou limites estéticos.
3. STORM KING ART CENTER
Qualquer museu indoor com obras de Roy Lichtenstein, Nam June Paik, Richard Serra, Alexander Calder, Mark di Suvero, Louise Bourgeois e Isamu Noguchi se destacaria. Nos anos 1960, os colecionadores Ralph E. Ogden e H. Peter Stern resolveram aproveitar um grande espaço verde para mostrar obras de arte moderna ao ar livre. Nascia o Storm King Art Center, nas cercanias de Nova York. Hoje, o parque é conhecido no mundo inteiro, concentrando mais de 130 instalações de nomes importantes dos cenários artsy norte-americano e europeu, com mostras permanentes e temporárias abertas ao público entre os meses de abril e novembro
4. YORKSHIRE SCULPTURE PARK
O parque-museu localizado a pouco mais de 300 quilômetros de Londres, abriga um dos espaços de escultura mais famosos e prestigiados da Europa. Com curadoria cuidadosa, a programação do museu mantém mostras permanentes e temporárias em uma área de 500 hectares. Artistas vanguardistas e inventivos, como Antony Gormley, Helen Escobedo, Isamu Noguchi, James Turrell, Martin Creed, Peter Liversidge e Sol LeWitt estão na lista dos que preenchem as cinco galerias do parque, estabelecendo um diálogo consistente entre arte e natureza.
5. INSTITUTO INHOTIM
Em uma área de 800 hectares está concentrado um misto de parque ecológico, museu de arte e jardim botânico. Inhotim, em Minas Gerais, é o maior museu a céu aberto do mundo. Ao ar livre e entre pavilhões e galerias, obras contemporâneas aproximam o público de uma reflexão sobre a arte feita no nosso tempo. Olafur Eliasson, Doug Aitken, Tunga, Adriana Varejão, Hélio Oiticica, John Ahearn, Amilcar de Castro, Mauro Restiffe e Janet Cardiff são nomes importantes que têm seus trabalhos expostos no centro de arte brasileiro.