Intitulada Foreigners Everywhere, a mostra apresentará mais de 300 nomes sob curadoria geral de Adriano Pedrosa. O brasileiro, é atual diretor artístico do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, e o primeiro latino-americano a ocupar o posto.   

Por certo, artistas indígenas têm presença emblemática e seu trabalho saúda o público no Pavilhão Central. Onde o coletivo Mahku do Brasil pintará um mural monumental na fachada do prédio. Além disso, haverá ações na Corderie, onde o coletivo Maataho de Aotearoa/Nova Zelândia apresentará uma instalação em grande escala na primeira sala. Além disso, Artistas queer aparecem ao longo da exposição, e também são objeto de uma grande seção na Corderie. Por fim, haverá uma sessão dedicada à abstração queer no Pavilhão Central. 

O Núcleo Contemporâneo contará com uma secção especial na Corderie dedicada ao Arquivo da Desobediência, um projeto de Marco Scotini, que desde 2005 desenvolve um arquivo de vídeo com foco nas relações entre práticas artísticas e ativismo. Na Exposição, a apresentação do Arquivo da Desobediência é projetada por Juliana Ziebell, que também trabalhou na arquitetura expositiva de toda a Exposição Internacional. Esta seção está dividida em duas partes principais especialmente concebidas para o nosso quadro: ativismo da diáspora e Desobediência de gênero. O Arquivo da Desobediência incluirá obras de 39 artistas e coletivos feitos entre 1975 e 2023. 

ARSENALE E GIARDINI

O espaço expositivo mais próximo do centro, no bairro Castello, é o Arsenale, antigo estaleiro de estilo bizantino cujo conjunto de armazéns foi convertido, nos anos 1980, em centro de exposições. O passeio por ali oferece mais uma chance de entrar em contato com a cultura naval veneziana (para quem se interessa pelo tema, vale a visita ao Museo Storico Navale, localizado nos arredores).

No mesmo bairro, mais a leste, na ponta da ilha voltada para o Lido, está o Giardini della Biennale. Trata-se de um parque inaugurado por Napoleão Bonaparte no começo do século 19 cujo Pavilhão Central é a sede da Biennale desde que a sua primeira edição, ocorreu em 1895, quando a instituição lançou a mostra dedicada à arte (depois vieram as de cinema, teatro, arquitetura, dança e música). Além da construção principal, que guarda o núcleo duro da Exposição Geral, o lugar tem edificações permanentes que são verdadeiras joias da arquitetura moderna, e abrigam mais algumas representações nacionais.

A Bienal também incluirá 88 Participações Nacionais nos pavilhões históricos dos Giardini, no Arsenale e no centro da cidade de Veneza. Assim, 4 países participarão pela primeira vez na Bienal de Arte: República do Benim, Etiópia, República Unida da Tanzânia, República Democrática de Timor Leste. Nicarágua, República do Panamá e Senegal participam pela primeira vez com seu próprio pavilhão.