Por mais que tenhamos assistido a muitos filmes e desenhos ambientados na Tanzânia, confesso: a emoção de estar lá ao vivo vale por uma vida!
Fizemos um roteiro de envolvimento crescente com a vida selvagem da savana africana. Ao pousarmos em Lake Manyara, nosso guia Emanuel já nos esperava com o jipão confortável que nos conduziria nos dias seguintes. Nosso primeiro contato com a vida selvagem foi no Parque Nacional de Lake Manyara, onde fomos recepcionados por babuínos, javalis, gazelas, impalas, búfalos e girafas. Foi nesse parque que fizemos nosso primeiro almoço ao ar livre, ao lado do jipe, com nossos filhos se questionando como os animais não apareciam para nos atacar. Ali aprendemos a lição que nos confortaria pelo restante da viagem: diante da fartura de alimento, os animais sequer ameaçavam atacar os humanos. Aprendemos também que as principais funções dos guias são interpretar o que cada animal nos diz sobre nossa presença ser ou não um incômodo e nos ensinar a respeitar o sentimento deles.
Após Lake Manyara, fizemos o check-in no The Manor, elegante propriedade em meio a uma fazenda de café, onde nos sentimos transportados para um passado grandioso. Fomos também abraçados por um atendimento e por uma gastronomia irretocáveis. Ambiente ideal para relaxar e seguro para descansar enquanto nossos filhos exploravam a cavalo os arredores da propriedade.
CRATERA DE NGORONGORO
O The Manor é muito próximo à entrada para Ngorongoro, a maior cratera da superfície terrestre, lugar completamente isolado da ação humana que, por esse motivo, se tornou abrigo para a maioria das espécies nativas do leste africano. Entre elas, elefantes, leões, gnus, babuínos, zebras, rinocerontes, gazelas, búfalos, hipopótamos e muitas outras. Durante todo o passeio, nosso guia nos ensinava sobre os hábitos de vida e sobre como cada animal comunicava seu conforto com nossa presença. Foi assim que nos aproximamos de muitos deles, alguns a menos de 2 metros de distância. Nosso safári de um dia inteiro no local nos deixou em estado de êxtase – tanto adultos quanto crianças, fazendo do Ngorongoro nosso lugar favorito no roteiro.
SERENGETI
Da cratera, tomamos um pequeno voo até o lugar que representava a África em nosso imaginário: o Parque Nacional de Serengeti. Também tínhamos nosso guia Peter à espera com o “nosso” jipe logo que desembarcamos do avião, com as crianças absolutamente eufóricas. A pista de pouso, pertencente ao Singita Sasakwa Lodge, fica em meio à savana e já do avião avistamos algumas dezenas de animais, incluindo girafas, búfalos e zebras. Enquanto nos conduzia ao lodge, o guia nos passou instruções de como conviver com os animais, já que a propriedade, como todas as outras da rede Singita, fica em meio à savana e não é cercada. Após sermos recepcionados pela equipe e ao atravessarmos o hall de entrada do lodge, o Serengeti se descortinou à nossa frente com tamanha beleza e perfeição que eu, habituado a tantas viagens, não contive a emoção. Foi um dos momentos mais surpreendentes de toda a jornada!
Entre as iniciativas de cunho social, o hotel e a prefeitura estão empenhados em formar a Orquestra Municipal de Paraty, composta de 60 crianças e jovens de diferentes bairros da cidade, e uma Escola de Boxe na periferia de Paraty. Além disso, já apoiam, há alguns anos, o projeto social Educar pela Dança, da Associação Cia. Dança e Arte Paraty, destinado a atender crianças, jovens e adultos com aulas gratuitas de balé e jazz. Desde 2004, o projeto já atendeu mais de 2 mil alunos. Outra iniciativa que acabou de ser inaugurada é uma Fazenda Marinha, no Pouso da Cajaíba, para o cultivo de vieiras (coquille). Ali, em um dos lugares mais bonitos da baía de Paraty, a ação envolve apoio a famílias da comunidade, para que essas pessoas possam ganhar seu sustento com o projeto. As vieiras cultivadas na Fazenda Marinha são servidas no Sandi Hotel, no happy hour e em verdadeiros shows gastronômicos em que os hóspedes têm o privilégio de saborear os frutos do mar frescos, colhidos no dia. A experiência pode ainda ser ampliada, com um passeio de barco até a Fazenda Marinha para conhecer o cultivo das vieiras, com um almoço à beira-mar.
No Singita, aproveitamos 4 dias de game drives pela manhã e à tarde muito bem-conduzidos por um guia experiente, que trocava informações com outros guias para encontrarmos os animais mais emblemáticos. Dica valiosa: não deixe de fazer o passeio de balão ao amanhecer no Serengeti. Mesmo quem nunca tinha voado de balão em momento algum sentiu qualquer receio, e tivemos uma vista única do início do dia na savana, avistando muitos animais em atividade.
Outra dica imperdível é aproveitar o spa do Singita, com uma aromaterapia única e a mesma vista emocionante para o Serengeti. Na língua massai, Serengeti significa “planície sem fim”. Sem fim é nossa emoção e nosso sentimento de termos feito a melhor viagem de nossas vidas!
TERESA PEREZ INDICA
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Singita Sasakwa Lodge
A localização privilegiada na Reserva de Grumeti proporciona aos hóspedes visão arrebatadora das planícies da região do Parque Nacional de Serengeti, famoso pela migração anual de zebras e gnus. Enquanto a abundante vida selvagem se manifesta, atividades culturais, como visitas às comunidades locais, acontecem em paralelo. Casais em lua de mel, famílias, grupos de amigos e viajantes solo vivem experiências inesquecíveis em safáris com a ilustre presença dos big five.
The Manor at Ngorongoro Crater
Localizado ao lado da área de conservação de Ngorongoro e dentro de uma fazenda de café, o The Manor é um lodge que se inspira numa elegante casa com influências da arquitetura holandesa. Situado no noroeste da Tanzânia, ele tem apenas 18 suítes com terraços privativos e foi um dos primeiros lodges de safári a combinar a hospitalidade da África Oriental com decoração afro-europeia.